O Cristianismo não é baseado em um herói morto. Jesus vive. Isso é demonstrado logo no início de Marcos 16. Na manhã de domingo, Maria Madalena, Maria (mãe de Tiago) e Salomé compram aromas para embalsamar o corpo de Jesus (v. 1-2). Elas estão preocupadas com a tarefa pesada de remover a pedra do túmulo, mas encontram-no aberto (v. 3-4). Ali veem “um jovem assentado ao lado direito, vestido de branco” e ficam “surpreendidas e atemorizadas” (v. 5). Mateus 28.5 esclarece que se trata de um anjo de Deus, que as atualiza: “Não vos atemorizeis; buscais a Jesus, o Nazareno, que foi crucificado; ele ressuscitou, não está mais aqui; vede o lugar onde o tinham posto” (v. 6).
A ressurreição de Jesus é confirmada no encontro do Senhor com Maria Madalena (v. 9). Neste ponto, o texto de Marcos é perfeitamente condizente com João 20.11-18. Se isso não bastasse, Jesus redivivo “manifesta-se” a dois discípulos que “estavam de caminho para o campo”, algo que lemos em um relato mais longo (em Lc 24.13-35). E Jesus aparece “aos onze, quando estavam à mesa” (v. 14). O autor do livro de Atos informa que Jesus permaneceu na terra durante quarenta dias, depois de sua ressurreição (At 1.3-5). Paulo diz que Jesus ressurreto “foi visto por mais de quinhentos irmãos de uma só vez” (1Co 15.6).
Mas não apenas ele ressuscitou dentre os mortos. Como lemos em João 11.25-26, Jesus é “a ressurreição e a vida” e isso significa que quem crê nele, “ainda que morra, viverá”. Jesus vence a morte e oferece vida, de tal modo que podemos, firmados nele, desfrutar de “remissão dos pecados”, “vida eterna” e “ressurreição para glória”, tal como afirmamos no Credo apostólico: [Jesus Cristo] ressurgiu dos mortos ao terceiro dia”.
Jesus vive. E como cantamos no fim de nossos cultos: Porque ele vive posso crer no amanhã // Porque ele vive temor não há. // Mas eu bem sei, eu sei que a minha vida // Está nas mãos do meu Jesus que vivo está!
Rev. Misael