Em Daniel 1.1-7, lemos que os amigos de Daniel eram “instruídos em toda a sabedoria, doutos em ciência, versados no conhecimento” (v. 4). Eles foram levados para servir no palácio do rei e forçados a aprender a língua dos caldeus.
O cristão deve ser conectado à cultura ou radicalmente separado dela? Começamos a meditar neste tema, admitindo que somos envolvidos pela cultura.
Daniel e seus amigos não conseguiram se isolar da cultura predominante. Cultura é o conjunto de “conhecimentos, crenças, arte, moral, leis, costumes ou qualquer outra capacidade ou hábitos adquiridos pelo homem como membro de uma sociedade”.
Cultura tem a ver com os “aspectos espirituais”, e com as “realizações materiais” de uma comunidade. Foi a capacidade humana de criar cultura que lhe permitiu ir além de suas limitações. O ser humano difere dos animais “por ser o único que possui cultura”.
Daniel e seus amigos viviam mergulhados na cultura de Judá do 7º século antes de Cristo, mas possuíam uma cultura universal, uma vez que eram “instruídos” (1.4). Em seguida, foram levados para o cativeiro, na terra de Sinar e ali tiveram de mergulhar em outra cultura. Se você trabalha em um salão de beleza, utiliza uma linguagem e comportamento peculiares àquele ambiente; se sua atividade é administrar uma propriedade rural, você estará envolvido em uma cultura rural.
Se você é da área de saúde, não há como fugir do vocabulário “médico” e de determinada forma de lidar com algumas questões, enfim, diversos aspectos de sua pessoa passam a ser afetados pela cultura. Isso se dá na igreja.
Cada denominação tem a sua cultura e é possível falar de uma cultura (ou subcultura) evangélica, possuidora de uma linguagem e traquejo próprios. Resumindo, o servo de Deus não tem como fugir da cultura.
Pr. Misael