Davi escreveu este salmo agradecido a Deus, que o libertou de seus inimigos. Ele era cantado nas festas de romagens, como hino de glorificação ao Senhor, que acompanha e protege Israel. Nele repete-se a expressão “não fosse o Senhor” (v. 1,2).
Podemos afirmar que, “não fosse o Senhor”, nós teríamos sido vencidos pelo mal (v. 2-5). O salmo menciona os “homens” (v. 2) e também, as “águas” (v. 4-5). É possível pensar nos exércitos inimigos, enfrentados por Davi, bem como nos adversários humanos, com os quais nos defrontamos no dia a dia. Paulo, diz que nem sempre nós conseguiremos manter a paz com todos (Rm 12.17-21). Também não é impróprio entender “águas”, como uma referência à oposição espiritual, o que é corroborado pelo NT (Sl 74.13-14; Is 27.1; Ap 13.1; 21.1; cf. Ef 6.10-20).
Eis a doutrina: “Não fosse o Senhor”, o mal teria nos triturado. Estamos seguros em Deus; estamos vivos por causa de Deus. A fé é instância de graça e proteção. O salmo fala sobre aconchego e segurança, apontando para um Deus cuidadoso.
À luz deste ensino, meditemos sobre a semana que passou. Repassemos os fatos ocorridos: tribulações, conflitos, tristezas, preocupações e também vitórias, acontecimentos que trouxeram alegria. Saibamos que muita coisa aconteceu nos bastidores, no mundo invisível. “Não fosse o Senhor”, nós não teríamos atravessado a semana. Sem ele, seríamos pisoteados; sem ele, estaríamos derrotados e sem esperança de cura. Se dizemos “as coisas estão ruins; as coisas não estão fáceis”, é hora de trazer à memória: “Não fosse o Senhor”…
Pr. Misael.