Não encontramos na Bíblia a menção ao termo “Natal”. Entretanto, quase que a totalidade do mundo cristão comemora esta data no dia 25 de dezembro. Por que esta comemoração?
Clemente de Alexandria, no 2º século, cita diversas opiniões sobre a data do nascimento de Jesus. Ao fim do 4º século, já encontramos registros de que as igrejas promoviam trabalhos especiais, em comemoração conjunta ao nascimento e ao batismo de Cristo. No 5º século, Agostinho escreveu que “de acordo com a tradição, ele nasceu no dia 25 de dezembro”. Esta tornou-se a data aceitável para as igrejas do Ocidente, sendo que no Oriente, observa-se o dia 6 de janeiro.
Gradualmente, a celebração do Natal assimilou costumes existentes nas nações. Muitos destes costumes foram se transformando e vencidos pelo Cristianismo. Os reformadores (séc. 16) aceitaram a celebração do Natal como legítima expressão de adoração cristã.
Hoje, pequenos grupos de cristãos não aprovam a celebração do Natal, mas a Bíblia não aprova esta condenação. Pelo contrário, ela é enfática em sua colocação da importância história e teológica do nascimento de Cristo. Esta ênfase está evidenciada nos registros da adoração dos pastores (Lc 2.8-12), nas dádivas recebidas dos magos (Mt 2.1-11) e na admoestação de paz aos amados de Deus (Lc 2.13-14). Todos estes registros representam celebrações históricas do Natal.
Havendo a conscientização de que o Natal é antes de tudo nossa demonstração de gratidão pelo advento daquele que veio salvar a nós, pecadores, daquele que veio nos reconciliar com Deus, daquele que veio e venceu a morte, podemos dizer que, assim, o Natal será celebrado apropriadamente e de forma legítima. Nós, evangélicos, devemos utilizar esta ocasião como uma oportunidade dada por Deus para adorarmos a ele e testemunharmos do seu nome ao mundo.
Presb. Francisco Solano Portela.