Num momento de perseguição (Hb 10.32-34) à igreja primitiva, muitos cristãos abandonaram as reuniões da igreja. “Não deixemos de congregar-nos, como é costume de alguns” é a instrução para isso (Hb 10.25).

Pode ser que hoje muitos não sejam perseguidos fisicamente, mas as perseguições a cristãos fieis continuam de diversas formas. Porém, temos visto muitos abandonarem a igreja, deixando de congregar. Às vezes, explicitamente. Muitas vezes, velada e implicitamente.

Infelizmente, o secularismo tem entrado dentro da igreja de Cristo de várias maneiras. Uma delas é por meio do que eu chamo de “ a satisfação pela experiência eclesiástica rasa, superficial ou medíocre”.

Sem dúvida, devemos fugir do perigo farisaico dos tempos de Jesus quando muitos iam ao Templo diariamente, mas por mero orgulho pecaminoso e satisfação do “eu”. Contudo, não podemos fugir de um extremo e cairmos em outro.

Isso está solidificado na mente de alguns cristãos. Para estes, não há problema algum em frequentar alguns cultos ou reuniões, dar o seu dízimo e ponto final. Tal relação não é nada diferente da que esse crente mantém com o clube esportivo do qual é sócio. Ele frequenta as reuniões que lhe apraz, paga sua mensalidade e ponto final.

Na igreja não é assim. Somos o Corpo de Cristo, analogia divina que indica que não deve haver superficialidade de envolvimento, mas profunda e constante harmonia entre seus membros. Um membro que não se movimenta no Corpo fica atrofiado, prejudica outras partes e funções do corpo, cria feridas, causa trombose, e caminha para a morte.

Sejamos menos secularistas e mais bíblicos. Tenhamos alegria em estarmos na Casa do Senhor, como relata o Salmo 122.1. Roguemos a Deus que nos conceda uma experiência profunda no Corpo de Cristo, fazendo verdade na nossa vida aquela canção tão cantada que diz: “Meu prazer é estar nos átrios do Senhor.” (Sl 84.10)

Rev. Renato. Publicado no Boletim 173, de 21/04/2013