Se desejamos santidade, temos de adorar a Deus em todo o tempo. De Gênesis ao Apocalipse, a vitória espiritual é relacionada à verdadeira adoração. A aniquilação de Israel (a queda de Samaria, capital do reino do norte, em 721 a.C.) decorreu de idolatria. E não foi diferente com Jerusalém, capital de Judá, em 586 a.C. Por isso, nos livros da Bíblia escritos depois do exílio, um dos temas dominantes é a necessidade de busca e adoração sincera a Deus (1Cr 16.29; 2Cr 7.13-16).
Esta adoração deve ocorrer em todo tempo, especialmente no sofrimento. Quando a batalha estiver em seu ponto mais confuso e desanimador, adoremos ao Senhor (cf. Hc 3.17-19). O bem conhecido exemplo de Jó é um padrão a ser reproduzido hoje (Jó 1.20-22).
Dito de outro modo, Deus fala no sofrimento e nossa resposta à sua voz determina a vitória espiritual.
Deus sussurra a nós na saúde e prosperidade, mas, sendo maus ouvintes, deixamos de ouvir a voz de Deus. Então Ele gira o botão do amplificador por meio do sofrimento. Aí então ouvimos o ribombar de sua voz. C. S. Lewis.
Além disso, temos de olhar para Cristo. O Senhor Jesus é o Capitão de nossa salvação — o “príncipe do exército do Senhor” que garante o triunfo dos eleitos de Deus (Js 5.13-13; Ap 14.1-5). É fundamental que olhemos para ele — e para ele somente (Hb 12.1-3). Muitos fracassam porque olham demasiadamente para si mesmos ou para os defeitos da igreja. Não podemos vencer sem contemplarmos, diariamente e com a ajuda do Espírito Santo, a glória de Deus na face de Cristo (2Co 4.6).
Esse foco produz o desfrute de sua “beleza” como principal prazer da alma (Sl 27.4; 96.9; cf. 16.11). A comunhão real com Deus supera qualquer fascinação (Sl 42.1-2). O deleite em Cristo precede a purificação (Cl 3.1-17).
Tenho mais a ver com Deus do que com o mundo todo; sim, mais relação com ele em um dia do que com todo o mundo a vida toda. Richard Baxter.
Em quarenta anos, nunca passei quinze minutos acordado sem pensar em Jesus. Charles H. Spurgeon.
Rev. Misael. Publicado no Boletim 177, de 19/05/2013.