O debate de Atos 15 é duplamente importante, primeiro por tratar da doutrina da salvação e também por apresentar o desafio da inclusão dos gentios. Os gentios (ethnos) são os pertencentes a outras nações, indivíduos não-judeus. Gentios começaram a abraçar a fé em Jesus, o Redentor judeu. E os apóstolos escolhidos pessoalmente por Jesus são todos judeus. Como este grupo de crentes em Jesus, provenientes do Judaísmo, deveria acolher os crentes gentios, configurados por crenças, culturas e costumes tão diferentes?
Os legalistas insistem que os crentes gentios devem receber a marca de identidade judaica — a circuncisão —, se quiserem ser de fato cristãos. Qual será o entendimento final do Concílio de Jerusalém?
Um concílio é uma reunião de líderes da igreja e o registro de Atos é resumido, não contém todas as falas, nem informa cada detalhe daquele encontro. Nós temos acesso a duas falas, de Pedro (At 15.6-11) e de Tiago (At 15.12-21). Neste sermão, olhamos para o discurso de Pedro que defende o evangelho da graça, cujo enunciado pode ser dividido em três partes, como segue: [1] Deus quis salvar os gentios (v. 6-7). [2] Deus purificou os gentios por fé (v. 8-9). [3] Deus salvou judeus e gentios pela graça do Senhor Jesus (v. 10-11).