Nesta semana eu li um texto que me incomodou mais do que os fungados, febres e tosses:
Apele para as emoções das pessoas, não para o intelecto; use “fórmulas estereotipadas” […]; ataque continuamente os oponentes e os rotule com frases ou slogans […] que provocarão reações viscerais do público (Goebbels, ministro da propaganda de Hitler).
Pensei na verdade de Deus. Se um pregador manipulador quiser sucesso no curso prazo, basta apelar para as emoções e não para o intelecto do público. Hoje considera-se perda de tempo explicar e aplicar um texto chamando a atenção para os fatos e verdades bíblicas. Falsos profetas narcisistas enganam as massas repetindo frases feitas e prometendo o que a Bíblia não promete em reuniões-espetáculo.
Nós acreditamos na “verdade de Deus”. Cremos que há uma verdade sobre as coisas, tal como sugerido pelo comercial da CNN, como segue:
Isto é uma maçã.
Algumas pessoas vão tentar dizer que é uma banana. Talvez elas gritem repetidas vezes: “Banana, banana, banana”. Talvez elas escrevam BANANA em letras maiúsculas. Talvez você até mesmo comece a acreditar que isto é uma banana.
Mas não é. Isto é uma maçã. Confira:
Os fatos devem vir primeiro. Uma maçã não é uma banana. A verdade sobre as coisas é simples, frágil e poderosa. Simples porque pode ser compreendida por uma criança. Frágil porque o tempo todo está sob ataque; a verdade é ameaçada ou descaradamente negada pela relativização de tudo, de modo que cada vez mais se sugere que vivemos na era da pós-verdade. Como na gravura Murió la Verdad, de Goya, parece que a verdade adoeceu e caiu morta, especialmente nesses tempos de sites “alternativos” de notícias e redes sociais (cf. Michiko Kakutani, A Morte da Verdade, p. 16).
Mesmo sendo simples e frágil, não há nada mais poderoso do que a verdade. A verdade liberta e transforma. A verdade de Deus é verdadeira:
“e conhecereis a verdade, e a verdade vos libertará” (João 8.35).
Pr. Misael.