Ninguém gosta de passar por problemas nos relacionamentos. Marido e esposa sentem profundamente o peso de um casamento em crise. Pais e filhos sentem dor quando não conseguem experimentar paz na caminhada. Amigos se ressentem da experiência de traição ou abandono. De fato, os conflitos são uma grande provação para qualquer relacionamento.
Mas, enquanto alguns observam os conflitos como o fim de um relacionamento, nós podemos caminhar de outro modo. Podemos caminhar para a paz.
Tudo começa com uma nova perspectiva sobre os conflitos. A maneira como observamos a questão pode ser muito determinante sobre o modo como caminharemos. Se olharmos o conflito como o fim do relacionamento, provavelmente agiremos nessa direção. Mas e se houver outro modo de observar?
Nós podemos ver os conflitos como instrumentos de Deus. Os conflitos são experiências que revelarão o nosso coração e nos farão perceber coisas que estavam ocultas a nós; são instrumentos para conhecermos melhor ao outro, e, principalmente, são obra da graça para conhecermos melhor a Deus. Não é agradável passar por conflitos, mas pode ser necessário para termos relacionamentos mais profundos e consistentes.
Nós também caminhamos para a paz quando investigamos a origem dos nossos conflitos. Temos a tendência de colocar a culpa no outro, ou no ambiente. Mas uma observação mais detida demonstrará que, ainda que o outro tenha pecado contra nós, o conflito toma proporções maiores por causa do pecado em nosso coração. Tiago 4 nos diz que as guerras entre nós acontecem por causa das paixões que militam em nossa carne – os desejos desordenados em nosso coração. Ao observarmos e confrontarmos os ídolos que carregamos, podemos mudar radicalmente o modo de perceber e lidar com as situações em nossos relacionamentos.
Finalmente, nós precisamos cultivar os hábitos pacificadores no relacionamento. Falo aqui das práticas direcionadas para a resolução de conflitos, e também para a manutenção de um relacionamento saudável. Dentre elas, a confissão, a confrontação e o perdão são centrais. Ao confessar meus erros eu assumo responsabilidade pelo que fiz; ao confrontar em amor, eu ajudo o outro a perceber os seus desvios; ao perdoar, eu me comprometo a não cobrar a dívida do outro e seguir em frente.
Nós podemos ter relacionamentos mais cheios de alegria e paz. Que tal caminhar nessa direção?
Rev. Allen