Quão diversos são os sentimentos do nosso coração! De fato, há uma grande alternância de emoções dentro de nós. Ora estamos alegres; ora, tristes. Há momentos em que queremos esbravejar por uma grande tristeza e dor que nos acomete. Outras vezes sentimos uma tremenda vontade louvar ao Senhor por tudo o que ele faz nas nossas vidas.
Podemos observar esta dinâmica explícita em várias partes dos Salmos. Terminei a leitura deste livro poético nesta semana. Para alguns esta obra pode ser apenas o maior livro da Bíblia; ou ainda uma coletânea interessante de belos poemas; ou até mesmo aquela parte da Bíblia que sempre fica aberta no hall de entrada de algumas casas. Contudo, os salmos dizem respeito à dinâmica da vida cristã.
De forma abrangente, os salmos são as declarações, as orações, as confissões, as crises, os pedidos, as provas de confiança, os lamentos, os murmúrios, as ações de graças e os louvores de pessoas como eu e você, que desejam ardentemente viver conforme Deus requer.
De um modo mais específico, a maioria dos salmos nos ensina a como reagir quando estamos enfrentando um viés da vida cristã: o sofrimento. E mais especificamente ainda, Salmos 13 é um ótimo exemplo – nele aprendemos como sofrer.
1º – Desabafe os problemas tão somente para Deus (v. 1, 2). Chore e derrame-se diante do Senhor. Só ele pode aliviar suas dores, dando descanso para a alma (Mateus 11.28-30). 2º – Peça pela intervenção de Deus (v. 3, 4). Suplique e clame pelo auxílio do Único que pode livrar do sofrimento (Mateus 5.13). Mas não pare aí. 3º – Declare sua fé no fato de que Deus agirá da melhor maneira (v. 5), pois mesmo em meio a tanto sofrimento você sabe em quem tem crido (2Timóteo 1.12). 4º – Não cesse de louvar ao Senhor em todos os momentos, mesmo quando tudo vai de mal a pior, porque ele nos tem feito muito bem (v. 6).
Este salmo nos remete à dura provação da fé em meios às lutas da caminhada cristã. Durante a lamentação, ele nos dirige a Deus, em quem confiamos acima de todas as coisas. Orar este salmo é confiar que só Deus pode transformar em boas as mais difíceis situações. Por isso que, quando sofremos, vamos ao encontro do Senhor confiantes, assim como o próprio Jesus, de que o seu querer é o melhor para nós (Marcos 14.36).
Pastoral publicada no Boletim 95, de 23/10/2011. Lic. Renato.