Calabreza é um bom sabor de pizza, mas não para quem pediu por uma napolitana. Frustração, irritação e, em alguns casos, fúria. Fomos desconsiderados e diminuídos em nossas reivindicações. Como clientes exigentes queremos ser atendidos detalhadamente, senão reclamamos, abandonamos o restaurante e até acionamos os órgãos de defesa ao consumidor.
Nosso coração é assim, não gosta de ser contrariado. “O Cliente é o Rei”, dizem. Então, que se aplique essa lógica ao restante da existência. Na vida conjugal “faça-me feliz ou eu troco de cônjuge”, no ambiente acadêmico “mudem as regras das avaliações ou eu mudo de escola” e na vida espiritual “agradem-me ou eu me transfiro de igreja”. Como afirmei no Boletim anterior, é a lógica do mercado, em sua versão evangélica.
Se as coisas continuarem assim, dentro em pouco teremos Santa Ceia entregue por motoboys e pagamento de dízimo pela Internet. Os “clientes” têm cada vez menos tempo, precisam de uma igreja que se adapte a eles e da qual eles migrem ao menor sinal de desagrado, desgaste ou chateação.